sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O DESAFIO DE SER INDIO NO BRASIL -TODO DIA ERA, DIA DE ÍNDIO!














As tribos indígenas, que tinham como base de sua sobrevivência a agricultura, se concentravam, em sua maior parte, em território brasileiro, já que com clima tropical e auxílio da floresta tropical os recursos naturais eram abundantes. A formação social era bastante simples, as aldeias não tinham grandes concentrações populacionais e as atividades eram exercidas de forma coletiva. O índio que caçasse ou pescasse mais dividia seu alimento com os outros. A coletividade era uma característica marcante entre os índios. Suas cabanas eram divididas entre vários casais e seus filhos, não havia classes sociais, até mesmo o chefe da tribo dividia sua cabana. As técnicas utilizadas eram simples porque correspondiam a uma produção pequena, voltada para a agricultura de subsistência, já que não havia comércio entre as aldeias, fato comum nas civilizações mais avançadas, como Astecas e Incas. Para plantar mandioca, por exemplo, cavavam o chão com algum objeto pontiagudo feito de madeira e enfiavam a rama. Depois de algum tempo arrancavam a mandioca e a transformavam em farinha, por um processo também muito simples. O mesmo se pode dizer da preparação do peixe e da caça, que eram moqueados numa grelha, isto é, levemente assados em fogo brando. Além do cultivo da mandioca, os índios também se dedicavam ao cultivo do milho, batata-doce e abóbora. O preparo da roça para plantio consistia no corte do mato, que localizava ao redor da aldeia, logo em seguida ateavam fogo no vegetal seco para limpar o terreno, esse processo é utilizado ainda hoje. Quase todas as atividades eram feitas em locais próximos às aldeias, pois era necessário ter tudo que precisassem por perto. A caça ou a pesca eram feitas nas matas e nos rios próximos, já que as aldeias se localizavam em regiões ribeirinhas. As roças, também próximas às aldeias, eram cultivadas, na maioria das vezes, pelas mulheres. Os homens quase sempre cuidavam da caça e das guerras. Havia uma relação muito equilibrada entre o homem e a natureza. O único extrativismo existente era, exclusivamente, para a sobrevivência das aldeias, sendo assim, não havia desperdício e a natureza se regenerava sem problemas, mantendo o ciclo ecológico em perfeita harmonia.